sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL?



Quando pronunciamos estas duas palavras, automaticamente nos remetemos ao Assistencialismo, à Filantropia, mas será que este tema é tão simplório assim? Certamente que não, é algo mais amplo e o Assistencialismo é somente uma ação possível, que caberá uma reflexão mais específica, em outro momento.
A Responsabilidade Social é um conjunto de conceitos e ações que contribui para fazer um mundo melhor com a participação de todos e isto inclui toda e qualquer atitude que tomemos para que este fim seja alcançado.
É na decisão individual e cotidiana que se fará a efetiva responsabilidade social. Quando assumimos o papel de cidadão, integrante e responsável por esta sociedade, refletidas em atitudes simples, como por exemplo, consumir com consciência, descartar papel no lixo, relacionar-se sem qualquer espécie de discriminação ou preconceito, exercer o voto consciente, cobrar ações de nossos governantes, reelegê-los quando realizarem um trabalho coerente com suas promessas de campanha e necessidades da sociedade ou excluí-los em caso contrário, entre outras atitudes que se enumeradas seriam infindáveis.
A Responsabilidade Social somente existe de fato quando tomamos consciência de que vivemos numa sociedade e que a Lei mais verdadeira do mundo é aquela que diz: "Toda ação é seguida de uma reação", ou seja, toda e qualquer atitude que se tome, terá alguma conseqüência para mim e/ou para o outro (s). Podendo ser positiva ou não, tudo dependerá da ação inicial, intenção e energia despendida.
Ser responsável socialmente é ter a ciência de que, se gastarmos água em demasia, colaboramos para sua escassez e seus reflexos que, embora não sentidos neste momento trarão conseqüências desastrosas e irreversíveis ao planeta e ao futuro de nossas gerações.
Se gastarmos energia desnecessariamente, haverá maior possibilidade de um colapso energético e suas conseqüências podem ser desde o fato de ficarmos sem luz até o de vidas em hospitais serem ceifadas pela sua falta.
Se excluirmos as pessoas pelas suas diferenças, seja de cor, credo, sexo, orientação sexual, limitações, ideologias, poder aquisitivo, criando-se feudos, diminuímos a possibilidade de oportunidades para estes grupos e geramos um problema social e cultural que poderá acarretar em um mal maior para a sociedade como um todo.
Se tivéssemos uma maior consciência do todo e agíssemos pelo coletivo, talvez não precisássemos de tanto programas sociais, pois teríamos uma sociedade mais equilibrada.
Ocorre que vivemos num mundo cada vez mais imediatista e individualista, cujo ser humano perde o senso comum e passa a enxergar o mundo de uma maneira míope e limitada, almejando resultados pessoais. Espera-se mudanças em curto prazo, acreditando que vale mais a pena ter ganhos ou vantagens pessoais do que pensar a longo prazo e/ou no âmbito coletivo.
Todas estas ações, se revistas, refletiriam de alguma forma numa sociedade mais justa e responsável socialmente, porém o que mais encontramos é o discurso diferente da prática, pois há uma consciência sobre estes males e todos concordam que algo deve ser feito, mas depositam a responsabilidade da ação e da mudança no outro, no externo, se eximindo de qualquer culpa pelos fatos.
Quantas vezes nos contradizemos, julgamos o outro, nossos políticos, as autoridades pelo que fazem e pelo que não fazem e esquecemos de olhar no espelho, de agir no dia a dia? Esquecemos que quando apontamos o dedo para o outro, há mais três nos apontando?
Reclamamos de mensalões, sanguessugas, de malas e cuecas, mas esquecemos de perguntar. O que estamos fazendo de efetivo para compor uma sociedade melhor?
A Responsabilidade Social nunca se esgota, pois sempre há algo a se fazer, ela é cultural, individual e corporativa. A ética é a sua base e se expressa através dos princípios e valores adotados por cada um de nós, sendo importante seguir uma linha de coerência entre ação e discurso, assumindo o papel de cada indivíduo, como cidadão, na construção de uma sociedade livre, justa e solidária, em que cada um tem uma responsabilidade social com a sua comunidade.
* Luciano Amato - Pós-graduado em Psicologia Organizacional pela UMESP e Graduado em Psicologia pela UNIMARCO. Atua desde 1990 na área de Recursos Humanos, em subsistemas como Recrutamento & Seleção, Treinamento, Qualidade, Avaliação de Desempenho e Segurança do Trabalho.




Comentários


Por Cinthia Pinheiro
Todo tem direito a igualdade social precisamos nos globalizar, agregar valor a nossa instituição, motivar seus funcionários e não devemos encarar responsabilidade social com um custo as empresas devem desenvolver uma relação construtiva com a comunidade ajudando e mudando seus costumes e hábitos melhorando a vidadas pessoas que precisam de uma oportunidade na vida.

Por Karla Fraga
Responsabilidade Social hoje é uma realidade, não é mais uma fantasia ou marketing formado pela empresa, a relação entre empresa e sociedade cada dia passa a ser mais efetiva, onde a sociedade está cobrando de forma mais consciente os deveres que as empresas tem dentro da transformação econômica da comunidade. A empresa tem que conduzir seus negócios de tal maneira que a torne parceira e capaz de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários, é um resgate de valores antes subjetivos, mas com poder de mudanças extraordinário, temos que ter consciência de um futuro melhor não apenas com pensamento em nós mesmo, porém com a certeza de que temos o poder de fazer diferente e melhor, a mudança não é só de responsabilidade governamental, todos somos responsáveis pelo que somos e queremos ser, responsabilidade social é um dever de todos nós, e em conjunto com tantos faremos a diferença.

Por Thiara Gonçalves
Responsabilidade social empresarial é o comprometimento permanente em adotar um comprometimento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de seus familiares, da comunidade local e da sociedade como um todo.
Essa concepção assume a responsabilidade social como expressão de uma postura ética comprometida com o resgate da cidadania, assumindo uma posição de co-responsabilidade, na busca do bem-estar público, em articulação com as políticas sociais (instituto, organizações, universidades, comunidade). Nos últimos cinco anos, a responsabilidade social tem sido muito discutida, tanto no meio empresarial quanto na mídia, do termo cidadania empresarial. Popularmente, este conceito tem sido tratado de maneira bastante instrumental, ou seja, como algo que traria vantagem competitiva à organização frente à crescente concorrência e seu aspecto mais ressaltado tem sido o de investimento na comunidade através de projetos ou ações sociais com recursos transferidos por empresas.
Com o processo de globalização da economia, o tema vem ganhando ainda mais espaço nos fóruns de discussão empresarial e na mídia dirigida aos empresários, em vista dos impactos dos investimentos internacionais sobre as comunidades locais onde são aplicados. Para empresas que possuem operações em diversas partes do globo, far-se-ia necessário, então, desenvolver uma política de investimentos sociais, comunitários ou ambientais que tivesse consistência em todas as unidades da corporação, seguindo a máxima: “pensar globalmente, agir localmente”.